
Depois de sua morte, o golpe militar vai trazer seu nome de volta a cena nacional, pela sua figura autoritária, e com o discurso do desenvolvimento, a censura, e o apoio da mídia para a construção e fortalecimento de suas idéias, encobrindo assim as grandes atrocidades e perseguições feitas aos movimentos contrários ao regime militar.
Com a redemocratização do país a figura de Vargas se desvincula da ditadura, para o modelo de um governo democrático e nacionalista, e ganhou força com a comemoração dos trinta anos de sua morte, e por conta de Tancredo Neves que foi ministro de seu governo, se tornou mesmo que por meio indireto, o primeiro presidente civil depois do golpe de 64.
Nos anos 90 do século XX, Vargas já vira um inimigo das idéias neoliberais, estando ligado a uma idéia de atraso ou de uma “herança negativa “, pois defendia um Estado forte e que centralizava a economia, e ia contra as idéias das privatizações e de mudanças das leis trabalhistas, o Vargismo era visto como uma “trava” para a modernidade.
O debate muda com a eleição de Lula, à uma retomada do debate sobre um desenvolvimento nacional democrático seria o seu legado, pois o histórico do presidente que foi líder sindical reforçava as idéias de Vargas. Um paralelo sobre os dois, Vargas e Lula é um pouco complicado, pois os dois tinham bases políticas diferentes, mas encontramos alguns pontos em comum, como as questões do petróleo e das fontes de energias alternativas, a relação e construção da sua imagem.
A construção de um líder, passa primeiramente pela imagem, e para isso a imprensa tem papel fundamental, tanto Vargas como Lula tiveram seus momentos de exaltação e de crise com a imprensa. No caso de Getulio Vargas, ele foi considerado como o “ Pai dos pobres”, mas sofreu com as acusações em seu segundo mandato. Já Lula que perdeu três eleições, contou com a “ajuda” de profissionais do marketing para mudar a visão de um líder comunista comedor de criançinhas, para um “Lulinha paz e amor” que lhe garantiu a presidência , mas sofreu com a crise do mensalão.
A propaganda está sendo uma figura indispensável nas eleições presidenciais, seja a construção da imagem ou destruição da mesma. Assim como Collor, de bom moço foi a mal caráter e derrubado do governo, na construção de um “intelectual com cara de povo” como no caso de Fernando Henrique, o pai do plano real. Diante de todos estes momentos na política brasileira e de tantos nomes fortes, Getúlio Vargas nunca deixou de ser um ícone, quando o assunto era governo e propaganda.
Ireldo Alves da Silva.
Marcelo A.O.J. Leite.
Oi professor,feliz pelas novas postagens,estou acompanhando!
ResponderExcluirOlá, Angélica!
ResponderExcluirSurgiu um tempinho agora.
Vou ver se posto mais nos próximos dias...
Tem mais textos em processo de produção.
Obrigado.